Se você mora em uma grande cidade, com certeza já deve ter se acostumado com o barulho do trânsito. Carros que passam durante todo o dia, além de outros sons que volta e meio irritam nossos ouvidos, como obras, buzinas e sirenes.Nem mesmo dentro de sua casa você possui a tranquilidade desejada. Em época de Copa do Mundo, as vuvuzelas estão em alta e é praticamente impossível assistir a algum jogo sem ouvir aquele zumbido sem fim das cornetas.Porém, mais do que tirar você do sério, esses barulhos podem ser uma alternativa para a geração de energia. Ao menos é isso que é proposto com a unidade Sonea (sigla em inglês para “Sistema de absorção de energia sônica"), um pequeno dispositivo que promete transformar sons em força para movimentar máquinas.Apesar de ainda ser apenas um conceito, o aparelho chama a atenção por sua praticidade. A pequena máquina capta os sons à sua volta e converte-os em energia, sendo assim, uma ótima alternativa de autossustentabilidade.A proposta do Sonea sugere que o dispositivo seja instalado em ambientes de muito barulho. No caso de construções, por exemplo, o som produzido pelas máquinas seria utilizado para gerar energia para alimentá-las, formando um ciclo de produção autossuficiente.
No projeto apresentado, o equipamento seria capaz de converter 1 decibel em 30 watts de energia. Apesar de parecer pouca coisa, na prática o resultado é outro: o som produzido pela decolagem de um avião seria capaz de produzir cerca de 240 mil watts – o suficiente para iluminar 4 mil lâmpadas comuns. Já uma vuvuzela geraria cerca de 3,4 KW.
O funcionamento do Sonea é bastante simples e parte do princípio físico da transformação da energia. Para fazer essa conversão, ele capta o som por meio de um painel superior e, com a ajuda de um transdutor, armazena-o na forma de eletricidade em cabos de conexão múltipla ou individual.
Dessa forma, é possível adicionar vários aparelhos desses em um conjunto para tornar a captação ainda mais eficiente e produtiva. Com vários Soneas trabalhando coletivamente, o resultado é um maior aproveitamento de energia sonora, fazendo com que o barulho que tanto detestamos se torne em uma agradável luz. Ou em mais barulho.
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